segunda-feira, 11 de julho de 2011

NACIONAIS

Após queda, mercado volta a subir previsão de inflação para 2011 e 2012

Estimativa para IPCA deste ano avança para 6,31%, e de 2012 para 5,20%.
No boletim Focus, do BC, analistas ainda preveem subida maior dos juros.



Os analistas do mercado financeiro voltaram a subir sua previsão para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2011 e de 2012, segundo informações divulgadas nesta segunda-feira (11) pelo Banco Central por meio do relatório de mercado, também conhecido como Focus. O documento é fruto de pesquisa com os economistas do mercado financeiro, realizada na última semana.
Para este ano, a previsão dos economistas dos bancos para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que serve de referência para o sistema de metas de inflação do governo federal, passou de 6,15% para 6,31%. Com isso, foi interrompida uma série de nova quedas consecutivas. Para 2012, a estimativa dos economistas também subiu, passando de de 5,10% para 5,20%. Este indicador, por sua vez, recuava há duas semanas seguidas.
O aumento da estimativa de inflação do mercado financeiro aconteceu após a divulgação do IPCA de junho, que somou 0,15% e acumulou alta de 6,71% em doze meses. Mesmo com a queda frente ao resultado de maio, quando o IPCA avançou 0,47%, o indicador do mês passado ficou acima da expectativa do mercado financeiro. No boletim Focus da semana passada, a previsão média dos economistas era de que do IPCA de junho subisse apenas 0,05%. Para o IPCA de julho, a previsão dos analistas dos bancos avançou de 0,16% para 0,20%.
Sistema de metas de inflação
Pelo sistema de metas de inflação, que vigora no Brasil, o BC tem de calibrar os juros para atingir as metas pré-estabelecidas. Neste momento, a autoridade monetária já está nivelando a taxa de juros para atingir a meta do próximo ano. Em 12,25% ao ano, a taxa está no patamar mais alto desde o começo de 2009.
Para 2011 e 2012, a meta central de inflação é de 4,5%, com um intervalo de tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. Deste modo, o IPCA pode ficar entre 2,5% e 6,5% sem que a meta seja formalmente descumprida.
Taxa de juros
O mercado financeiro também passou a prever uma subida maior dos juros neste ano. Após o aumento da taxa, pelo BC, para 12,25% ao ano em junho, a previsão dos analistas das instituições financeiras passou a ser de que a taxa básica da economia terminará este ano em 12,75% ao ano.
Isso quer dizer que os analistas dos bancos seguem acreditando em mais um aumento de 0,25 ponto percentual nos juros na próxima semana - quando está marcada a próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC, e, também, mais uma elevação em setembro, para 12,75% ao ano.
A subida dos juros em setembro, até o momento, não estava vinha prevista pelos economistas. Para o fim de 2012, a projeção ficou inalterada em 12,50% ao ano. Isso pressupõe uma queda de 0,25 ponto percentual no decorrer do ano que vem.
Crescimento econômico e câmbio
O mercado financeiro manteve, na semana passada, a sua estimativa para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2011 em 3,94%. Para 2012, a previsão do mercado de crescimento da economia brasileira ficou estável em 4,10%.
Nesta edição do relatório Focus, a projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2011 permaneceu inalterada em R$ 1,60 por dólar. Para o fechamento de 2012, a previsão do mercado financeiro para a taxa de câmbio recuou de R$ 1,69 para R$ 1,68 por dólar.
Balança comercial
A projeção dos economistas do mercado financeiro para o superávit da balança comercial (exportações menos importações) em 2011 subiu de US$ 20 bilhões para US$ 20,06 bilhões na semana passada.
Para 2012, o BC revelou nesta segunda-feira que a previsão dos economistas para o saldo da balança comercial recuou de US$ 10,10 bilhões para US$ 10 bilhões de superávit.
No caso dos investimentos estrangeiros diretos, a expectativa do mercado para o ingresso de 2011 subiu de US$ 52 bilhões para US$ 52,20 bilhões. Para 2012, a projeção de entrada de investimentos no Brasil avançou de US$ 45 bilhões para US$ 47,5 bilhões.




Michel Temer sofre tentativa de assalto em São Paulo

Vice estava em carro blindado quando foi abordado por homem com arma.
Homens do GSI perceberam a movimentação e suspeito fugiu.

Andréia Sadi 

O vice-presidente Michel Temer foi vítima de uma tentativa de assalto na última sexta-feira, dia 1º, na Avenida Cidade Jardim, área nobre de São Paulo. Segundo a sua assessoria de imprensa, um homem abordou o carro em que estava o vice-presidente e bateu no vidro como se fosse pedir dinheiro. Na outra mão, no entanto, mostrou que portava uma arma para o motorista que guiava o carro de Temer, acompanhado por um assessor e segurança.
Seguindo carro de Temer, no entanto, estavam quatro seguranças do GSI (Gabinete de Segurança Institucional), que desceram do carro ao ver o homem abordar o carro de Temer. O homem teria fugido ao ver a movimentação dos homens do GSI e deixou a arma no chão.
Ao se aproximarem do carro do vice, os homens do GSI detectaram que a arma era de brinquedo.
O carro de Temer em Sâo Paulo não estava identificado com a placa oficial e é blindado.
O vice-presidente não registrou boletim de ocorrência porque o assalto não se efetivou e a arma era de brinquedo, segundo a sua assessoria.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP), não foi registrado nenhum boletim de ocorrência no dia 1º de julho por roubo na Avenida Cidade Jardim. Ainda de acordo com a SSP, não consta nos arquivos da polícia nenhuma ocorrência em que o nome de Temer conste como vítima de assalto.




PROFISSÕES


Guia de carreiras: hotelaria

Carreira exige dedicação e vontade de servir e agradar.
Eventos esportivos mundiais prometem impulsionar a profissão no Brasil.

Vanessa Fajardo 

Para ingressar em uma das carreiras que mais prometem ganhar impulso com a Copa do Mundo e as Olimpíadas no Brasil é necessário gostar de lidar com pessoas, de servi-las e satisfazê-las. Esta é uma das principais virtudes do profissional formado em hotelaria que deve ser um dos mais requisitados durante os grandes eventos mundiais esportivos sediados no país nos próximos anos.
Apesar de muitas pessoas acharem que o mercado de trabalho do hoteleiro está restrito a hotéis e restaurantes, as oportunidades têm sido cada vez mais ampliadas. Bancos, agências de turismo, companhias aéreas, parques, cruzeiros marítimos, shoppings e até laboratórios clínicos podem empregar um hoteleiro com objetivo de oferecer um atendimento mais qualificado ao público.
"Basta oferecer um serviço para precisar de alguém que saiba disso, e este é o hoteleiro", resume Cintia Goldenberg, coordenadora do curso de hotelaria da Universidade Estácio de Sá, em São Paulo.
Estudantes têm opção de fazer um curso técnico ou graduação, sendo que esta última garante formação mais completa e consequentemente salários mais altos. É durante os estudos que o aluno aprende o conceito de hospitalidade, como servir com cortesia, além de se preocupar com os detalhes do atendimento.
 
Além do básico

Professora da Estácio, Mariana Morato, lembra que o público de modo geral, principalmente com o aumento do poder aquisitivo da classe média, espera mais do que um atendimento básico.
"As pessoas buscam excelência e a hotelaria quer um profissional com brilho nos olhos que saiba servir com a alma. Cama e um chuveiro quentinho todo mundo tem. Agora um sorriso de um colaborador, a gentileza de uma camareira, não. As redes procuram a personalização do serviço", afirma Mariana.
O currículo da graduação mescla teoria e prática. Geralmente, o estudante passa por laboratórios de bar, governança, restaurante e cozinha nos primeiros semestres para aprender o operacional. Nos semestres finais, o curso, na maioria das vezes, promove atividade com foco em gestão e administração com aulas de marketing, finanças e recursos humanos. O estágio é obrigatório, e o domínio de outras línguas fundamental para a carreira, já que o hoteleiro poderá ter contato frequente com estrangeiros.


ilustração (Foto: Arte/G1)
 

O início
O estudante que tiver disposição para trabalhar nos fins de semana e feriados, além de ter vontade de aprender terá facilidade para ingressar no mercado, segundo a professora Mariana. "Tem muita vaga aberta em hotel em todo o Brasil. Tem muito currículo também, mas de profissionais sem o perfil do hoteleiro."
Mariana lembra que em início de carreira é comum que o profissional trabalhe na parte de operações de hotéis, ocupando cargos de mensageiro ou recepcionista. No entanto, a experiência é importante para que o profissional aprenda a lidar com vários tipos de problemas e no futuro possa ocupar um cargo de gerência. "É importante começar da base, porém o profissional tem de se dedicar muito à empresa. A gente se compara um pouco o profissional de hotelaria com um enfermeiro, como ele se dedica ao hospital, ao paciente, nós nos dedicamos ao hóspede."
No início de carreira, o salário do hoteleiro que ainda não concluiu o curso superior gira em torno de R$ 800.



CARROS

 Bravo enfrenta Focus numa briga acirrada
Recém-lançado hatch da Fiat dá trabalho ao concorrente da Ford

Daniel Messeder // Fotos: Fabio Aro
 
 
Foco do Bravo no Focus: preço de partida dos dois carros é praticamente o mesmo, em torno dos R$55 mil
O trocadilho é infame, mas a ocasião se impõe: a Fiat ajustou o foco do Bravo no Focus. Quer ver? Basta pegaro preço de partida do Bravo Essence 1.8, de R$ 55.200. É apenas R$ 85 mais barato que o Focus GLX 1.6, e não por acaso a marca mineira também deixou os freios ABS na lista de opcionais. As coincidências continuam entre os itens de série.

Os dois vêm com rodas de liga(não era melhor o ABS?), ar-condicionado, direção assistidae conjunto elétrico. Com o acréscimo do ABS –você não vai economizar em segurança, vai? –, temos R$ 55.986 para o Fiat e R$ 56.285 para o Ford. Pelo mesmo dinheiro, o Bravo chama atenção pelo motor. O E.torQ 1.8 16V de 132 cv e 18,9kgfm de torque oferece, em teoria,clara vantagem sobre os 1.6 da concorrência – não só o Focus, mas também Citroën C4, Peugeot 307 e VW Golf.
A Ford não tinha um modelo disponivel para o teste na data combinada. Pegamos emprestado o carro de um designer da editora
Mesmo o moderno1.6 16V Sigma do Ford (com bloco de alumínio e duplo comando, contra bloco de ferro e comando simples no Fiat) gera 116 cv e 16,3 kgfm, uma diferença considerável em hatches pesados como esses. O Focus acusa 1.290 kg na balança, enquanto o Bravo chega a 1.340 kg. Ligamos para a Ford e, ops, nada de Focus 1.6 disponível na data necessária para nosso comparativo. Recorremos então a um carro emprestado pelo designer Marco Rossi, dono de um modelo GLX 2010, e aproveitamos para pedir uma opinião sobre o Bravo. Após uma noite com o Fiat, Rossi voltou com mais dúvidas que certezas. “Já tive um Stilo e gostava bastante. Algumas coisas me agradam mais nos Fiat,como a posição de dirigir esportiva e o acabamento interno, sem falar que esse carro anda mais que oo Focus. Não sei se trocaria.” Os comentários de Rossi reforçaram minhas impressões.


Painel do Bravo tem acabamento imitando fibra de carbono
O Bravo tende a agradar um público mais jovem. O painel tem acabamento imitando fibra de carbono, macio ao toque, além de um quadro de instrumentos arrojado, com iluminação laranja. Os bancos apresentam densidade firme, enquanto o volante é o mesmo do Punto, com ótimo apoio para os polegares. Mas não deixe se levar pelo carro das fotos, pois ele é recheado de opcionais (bancos de couro, rodas aro 17, sensores de estacionamento, ar digital, som com Blue&Me) que elevam o preço para além dos R$ 60 mil – perigosamente na faixa de Focus 2.0 e Hyundai i30.
Entre no Ford e repare que o ambiente é mais sóbrio. As linhas são discretas e não há o mesmo esmero no acabamento. Apesar do uso de material emborrachado na parte superior do painel, as laterais de porta e o forro do teto destoam da categoria do carro. Basta ver (e sentir) o plástico texturizado que a Fiat usou no painel e nas portas do Bravo, além do tecido suave no teto. Os bancos do Focus são mais macios e, embora não conte com a posição esportiva do rival, o motorista fica muito bem acomodado. Ambos trazem ajuste de altura e profundidade da direção.
Careta por dentro, o Focus ganha na praticidade. A visibilidade do carro é melhor devido às colunas estreitas
O Focus pode ser careta por dentro, mas ganha na praticidade. Com colunas mais estreitas, oferece melhor visibilidade tanto para frente quanto para trás – embora os retrovisores do Bravo sejam muito bons. Se você pensa em levar a família, o Ford é melhor escolha, graças à carroceria 5 cm mais larga e com entre-eixos 4 cm mais longo.

Mesmo quem não for muito alto terá problemas no banco de trás do Fiat, pois o joelho pega no encosto da frente e a cabeça bate no teto. No porta-malas, jogo empatado: o Bravo oferece capacidade um pouco maior (356 l contra 330 l, aferidos), mas tem a“boca” mais estreita e um desnível grande em relação ao para-choque, que dificulta a entrada e saída de carga. Como esperado, o Bravo é mais esperto. O ronco do 1.8 foi ajustado para atiçar o pé direito, e a boa oferta de torque em baixos giros contribui para a sensação agradável de força. De acordo com a Fiat, 93% dos 18,9 kgfm de torque estão a postos em 2.500 rpm. No Focus é preciso pisar mais fundo para o carro embalar, porque o torque é menor (16,3 kgfm com 80% disponível em 1.500 rpm), mas ainda assim ele não desaponta.


Ford Focus: banco de trás confortável
Prova disso é que, na pista, o Bravo não abriu muita vantagem. A diferença na aceleração de 0 a 100 km/h FoCus 1.6 x Bravo 1.8 km/h não chegou a 1 segundo, com
11,9 s contra 12,8 s do Ford. Apenas na retomada de 60 a 100 km/h em quarta marcha houve vitória significativa do Fiat. Vale lembrar, porém, que o modelo testado veio com rodas aro 17 e pneus 215/45 opcionais (o original vem com 205/45 aro 16), que certamente “amarraram” um pouco o carro nas saídas.

Para deixar o Bravo com respostas mais rápidas, a Fiat encurtou o diferencial em relação ao Stilo. Você ganha energia no trânsito, mas paga a conta na estrada – literalmente. Com o conta-giros marcando 3.500 rpm a 120 km/h na quinta marcha (rotação elevada para um motor com esse torque), o Bravo consumiu um litro de etanol a cada 8,8 km no circuito rodoviário.

Com uma relação mais longa e um motor menos sedento, o Focus vai a 3.400 rpm e faz até 10,3 km/lna mesma condição. Na cidade a diferença foi menor, com 6,0 para o Fiat e 6,4 km/l para o Ford.

Lembra das rodas aro 17 do Bravo? Pois eu estava curioso para descobrir o talento do carro nas curvas. Fui para um trecho sinuoso dos meus favoritos e percebi que aderência é o que não falta aos pneus Goodyear 215. Mas ainda não foi dessa vez que o Focus perdeu o posto. A Fiat optou por elevar demais a altura da suspensão no modelo nacional (veja nas fotos a distância do pneu para a caixa de roda), o que deixa a carroceria jogar mais nas curvas e torna o balanço do carro ligeiramente incômodo mesmo nas retas. Fora isso, a direção elétrica não tem a mesma firmeza da hidráulica do Ford, ainda que tenha melhorado bastante em relação ao Stilo.


Fiat Bravo: menos espaçoso que o rival
Mais assentado no chão, com bitolas mais largas e a tão afamada suspensão traseira multilink, o Focus continua o rei da dinâmica no segmento. Ainda que essa versão não tenha potência à altura do conjunto, o designer Marco Rossi tem razão ao apontar o Ford como mais gostoso de dirigir. E isso sem esquecer que o Focus apresenta elevado nível de conforto, absorvendo imperfeições do solo que o Bravo não consegue filtrar. Mesmo em pisos lisos, o Fiat apresenta um rodar mais áspero que o desejado.

Pelo conjunto, o Focus continua o carro a ser batido na categoria. Mas o Bravo chega perto, e surge como a melhor alternativa ao Ford – ele provavelmente manteria a segunda posição caso o comparativo incluísse os demais rivais.

De qualquer forma, o Bravo já fez a Ford se mexer: a linha 2011 do Focus GLX 1.6 recebeu de série faróis de neblina, porta-luvas refrigerado e regulagem da iluminação do painel. O consumidor agradece.



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